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Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, é uma peça clássica do teatro brasileiro, escrita em 1955 e publicada em 1957
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Enviado por mateusJKD em 11/09/2011
No vilarejo de Taperoá, sertão da Paraíba, na década de 1930, o esperto João Grilo (Matheus Nachtergaele) e seu amigo Chicó (Selton Mello), covarde e mentiroso, são dois nordestinos sem eira nem beira que andam pelas ruas anunciando A Paixão de Cristo, "o filme mais arretado do mundo". A sessão é um sucesso, eles conseguem alguns trocados, mas a luta pela sobrevivência continua. João Grilo e Chicó empregam-se na padaria de Eurico (Diogo Vilela), cuja esposa, a fogosa Dora (Denise Fraga) adora um homem bravo, trai o marido e é mais devotada à cadela Bolinha do que ao esposo. Chicó envolve-se com Dora, mas a chegada da bela Rosinha (Virgínia Cavendish), filha de Antonio Moraes (Paulo Goulart), desperta a paixão de Chicó, e ciúmes do cabo Setenta (Aramis Trindade) e de Vincentão (Bruno Garcia), o valentão da cidade. Os planos da dupla, que envolvem o casamento entre Chicó e Rosinha e a posse de uma porca de barro recheada de dinheiro, dote da bisavó de Rosinha para a moça, são interrompidos pela chegada do cangaceiro Severino (Marco Nanini) e a morte de João Grilo. João Grilo, Eurico, Dora, Padre João (Rogério Cardoso), o Bispo (Lima Duarte) e Severino reencontram-se no Juízo Final, onde serão julgados no Tribunal das Almas por um Jesus negro (Maurício Gonçalves) e pelo diabo (Luís Melo). O destino de cada um deles será decidido pela aparição de Nossa Senhora, a Compadecida (Fernanda Montenegro) e traz um final surpreendente, principalmente para João Grilo.
Curiosidades:
*O Auto da Compadecida foi filmado em Cabaceiras, no sertão da Paraíba, uma cidade próxima a Taperoá, cidade em que as aventuras de João Grilo e Chicó são retratadas na peça teatral de Ariano Suassuna
*João Grilo, personagem central de "O AUTO DA COMPADECIDA" é um "amarelinho" muito do sabido, que veio da Península Ibérica e chegou aqui no Brasil através dos contos tradicionais, sendo absorvido de imediato pela Literatura de Cordel. João Ferreira de Lima, um poeta pernambucano, escreveu no final da década de 1920 o folheto de oito páginas intitulado "AS PALHAÇADAS DE JOÃO GRILO", que seria posteriormente ampliado para 32 páginas por DELMARME MONTEIRO, sob a orientação do editor JOÃO MARTINS DE ATHAYDE, tornando-se o que hoje conhecemos como "AS PROEZAS DE JOÃO GRILO", um dos maiores clássicos da Literatura de Cordel. No site "BACIA DAS ALMAS" (www.baciadasalmas.com), do designer PAULO BRABO, encontramos esse texto sobre o Grilo:
O Auto da Compadecida é um filme brasileiro de 2000, uma comédia dirigida por Guel Arraes, com roteiro dele e de Adriana Falcão. Baseado em obra homônima de Ariano Suassuna, com elementos de O Santo e a Porca e Torturas de um Coração, ambas do mesmo autor.
As aventuras de João Grilo (Matheus Natchergaele), um sertanejo pobre e mentiroso, e Chicó (Selton Mello), o mais covarde dos homens. Ambos lutam pelo pão de cada dia e atravessam por vários episódios enganando a todos da pequena cidade em que vivem, até conseguirem através de suas confusões a ira do temido Cangaceiro Severino de Aracaju (Marco Nanini).
Elenco
(de acordo com a abertura no filme)
Matheus Nachtergaele - João Grilo
Selton Mello - Chicó
Marco Nanini - Cangaceiro Severino de Aracaju
Fernanda Montenegro - Compadecida
Denise Fraga - Dora
Lima Duarte - Bispo
Rogério Cardoso - Padre João
Diogo Vilela - Eurico
Maurício Gonçalves - Jesus Cristo
Virginia Cavendish - Rosinha
Paulo Goulart - Major Antônio Morais
Luís Melo - Satanás
Bruno Garcia - Seu Vicentão
Enrique Diaz - Capanga De Severino
Aramis Trindade - Cabo Setenta
Na versão do filme na televisão, alguns eventos foram omitidos, como:
o gato que "discome", na qual João Grilo e Chicó tentam enganar Dora, a esposa do padeiro, apresentando-lhe um gato que evacuava moedas de prata;
a primeira invasão dos cangaceiros à cidade de Taperoá, na qual João Grilo, que se fingia de morto para fugir da punição pela brincadeira do gato, finge voltar à vida por intermédio de padre Cícero, fazendo o bando de Severino de Aracaju se retirar da cidade;
o plano de Grilo para arrancar dinheiro de Dora para pagar o dote ao Major Antônio Morais, que consistia em Chicó dormir com a mulher do padeiro, mas que acaba sendo frustrado pela promessa feita por este a Nossa Senhora, de que, se sobrevivesse ao "truelo" contra Vincentão e o Cabo 70, não se deitaria com mulher nenhuma, com a exceção de sua amada Rosinha.
a troca de personagens, pois no livro quem quer ser benzido é o filho doente do Major Antônio Moraes, e no filme é a filha deste, que acabara de chegar de viagem.
Premiações
Grande Prêmio Cinema Brasil
Ganhou:
Melhor Diretor - Guel Arraes
Melhor Ator - Matheus Nachtergaele
Melhor Roteiro
Melhor Lançamento
Indicação:
Melhor Filme
Cartagena Film Festival
Indicado a Melhor Filme
Miami Brazilian Film Festival
Ganhou o Prêmio da Audiência (Guel Arraes)
Indicado a Melhor Edição (Paulo Henrique Farias)
Viña del Mar Film Festival
Ganhou o prêmio de Melhor Ator - Matheus Nachtergaele.
O Auto da Compadecida foi inicialmente produzida como uma minissérie de 4 capítulos, exibida na Rede Globo de Televisão em janeiro de 1999. Devido ao grande sucesso obtido, o diretor Guel Arraes e a Globo Filmes resolveram preparar uma versão para o cinema, que contém 100 minutos a menos que o tempo total da minissérie;
Trata-se do primeiro filme feito inteiramente pela Globo Filmes, desde a ideia até seu desenvolvimento;
O Auto da Compadecida foi filmado em Cabaceiras, no sertão da Paraíba, uma cidade próxima a Taperoá, cidade em que as aventuras de João Grilo e Chicó são retratadas na peça teatral de Ariano Suassuna;
Apesar de já ter sido exibida gratuitamente na televisão, a versão para o cinema de O Auto da Compadecida foi um grande sucesso, tendo levado aos cinemas mais de 2 milhões de espectadores.
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